Assumindo-se como um treinador que “acredito que na base de todo o trabalho que pretendemos que venha a ser desenvolvido encontra-se a relação humana”, Francisco Dias, técnico do União Sad, realça a motivação de todo o grupo para inverter a atual classificação do União, lembrando que faltam disputar 57 pontos.
Francisco Dias completará, no próximo dia 5 de dezembro, um mês à frente da equipa-técnica do União Sad. Natural do Porto, o jovem técnico, de apenas 27 anos, por força das restrições da pandemia, ainda não teve oportunidade de se estrear no banco dos azul-amarelos em nenhuma partida oficial.
As razões que o motivaram a aceitar o convite para orientar o União Sad serviram de mote para o início do diálogo. “O União SAD é um clube histórico e com bastante relevo no futebol português, apesar de neste momento não se encontrar na posição que pretende e merece. Como tal, quando fui contactado para integrar este projeto do União SAD, não necessitei de muito para pensar na resposta que iria dar.”
“Contingências no seio do clube têm prejudicado preparação!”
Após a sua chegada, por força da pandemia, o União ainda não disputou qualquer jogo para o campeonato. Uma paragem importante para que o técnico pudesse conhecer os atletas à sua disposição, ainda que, no plano da preparação da equipa no terreno, tenham surgido alguns percalços internos. “Em termos de conhecimento dos jogadores, este tempo tem sido importante para que eu possa conhecê-los não só como jogadores, mas acima de tudo como homens, porque acredito que na base de todo o trabalho que pretendemos que venha a ser desenvolvido encontra-se a relação humana. Na vertente desportiva, essa preparação não tem sido a desejada derivada de algumas contingências que se têm sucedido no seio do clube.”
Trabalho muito árduo para sermos felizes no fim!
Em termos classificativos, e com três jogos disputados, o União Sad ocupa o 11.º lugar da Série B, não tendo qualquer ponto somado e com um saldo de golos negativo: 2 golos marcados e 14 golos sofridos. Francisco dias deu a “receita” para inverter o atual quadro. “Este é o outro ponto que me motivou a aceitar o convite do União SAD. Neste momento estamos em penúltimo lugar com 0 pontos em 3 jogos disputados, o que significa que faltam 19 jogos e 57 pontos para disputar. Ou seja, existe muito campeonato, muitos jogos e acima de tudo, muita motivação da minha parte, da minha equipa-técnica e de todos os jogadores para que possamos inverter esta situação dentro do campo. Agora, temos também a noção que não será tarefa fácil porque disputamos uma série extremamente competitiva e que nos obrigará a um trabalho muito árduo se quisermos ser felizes no fim da época.”
“se as equipas da nossa série, da zona do Porto e Vila Real continuam a jogar…”
Inserido na Série B do Campeonato de Portugal, a maioria dos adversários que o União Sad defronta são da zona norte do país, uma das regiões mais fustigadas pelo novo coronavírus. Daí a pergunta: na sua opinião, é viável a continuidade do campeonato? “Responder a esta questão requer sempre algum cuidado, porque não sou especialista e apenas sou informado como qualquer cidadão comum. Contudo, apraz-me apenas dizer que se as equipas da nossa série, da zona do Porto e Vila Real (local geográfico em Portugal mais afetado pela pandemia nos dias de hoje) continuam a jogar, creio ser viável a realização do campeonato. Teríamos de ter um cuidado redobrado nas nossas deslocações, mas não é algo que já não tenha que acontecer no nosso dia-a-dia aqui na Madeira. A competição é a base para o nosso trabalho, e todos ansiamos por regressar à competição o mais rapidamente possível. Resta-nos aguardar pacientemente pelas decisões do Governo Regional da Madeira, para que possamos estar onde gostamos, dentro do campo a competir.”
Um local muito tranquilo para se viver
Há quase um mês a viver na região, Francisco Dias diz-se adaptado à Madeira. “Como tem sido a sido a sua adaptação à Madeira? Muito boa e simples. Sei que neste momento se encontram menos pessoas na ilha devido à redução do turismo, contudo parece-me um local muito tranquilo para se viver, onde temos uma boa qualidade de vida e onde podemos disfrutar do bom tempo. As pessoas com quem tive o gosto de contactar são muito afáveis, o que acelera e facilita a adaptação. Admito que gostaria de passear e conhecer mais locais na ilha, mas creio que vou ter tempo para tudo isso.”
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